CRIANÇAS COM A SINDROME CONGÊNITA DO VÍRUS DA ZIKA E A ENTRADA NA CRECHE: UM NOVO CAPÍTULO NA EDUCAÇÃO BRASIELEIRA
Palabras clave:
Síndorme Congênita do Vírus da Zika, Educação Infantil, Creches, Acolhimento, Formação DocenteResumen
A organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional devido ao aumento da transmissão do vírus ZIKV em 2015. O Brasil foi o país com maior número de casos confirmados. Entre as consequências do vírus, está a Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ). Na educação, prevê-se até o fim deste ano (2018) a entrada das crianças que apresentam a SCZ nas creches municipais. É inquestionável o papel fundamental da escola na implementação da intervenção precoce. Este trabalho objetivou caracterizar a rotina e adaptação escolar de 7 crianças com a SCZ e a formação de 20 profissionais de educação infantil (6 AEEs, 7 professoras e 7 AADEEs) em 7 creches municipais do Recife (PE) e identificar dificuldades e possibilidades destacadas por esses profissionais. Foram realizadas observações da rotina escolar, entrevistas e questionários com os profissionais. Das crianças, apenas uma das sete não possui desproporção craniofacial ou microcefalia, mas sim calcificações cerebrais. Dos profissionais, 100% das AEEs e AADEEs tiveram alguma formação a respeito da síndrome e suas características, enquanto nenhuma das docentes teve qualquer formação. Em relação à rotina, as crianças participam das atividades como acolhimento, alimentação, atividades pedagógicas lúdicas, musicais, externas e banho, a depender da rotina médica. Em relação às dificuldades, destacam-se o desconhecimento da SCZ, a falta de acessibilidade, de recursos e de compreensão do neurodesenvolvimento destas; Dentre as possibilidades a interação com a família, a possibilidade de adaptação e a sensibilidade pedagógica dos profissionais foram pontos chave neste proceso de incluso. Os dados nos mostram que o início da vida escolar destas crianças nas creches é uma questão inédita que demanda investigação e investimento em formação urgente. No Brasil, ainda há um déficit que precisa ser urgentemente levado em consideração na esfera política e social, visando não apenas uma educação inclusiva "retórica", mas sim uma "efetiva" promotora de desenvolvimento.
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Derechos de autor 2018 Mg. Mirella Rabelo Almeida Farias, Dra. Pompéia Villachan-Lyra

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